Local: Condomínio Morro do Chapéu, Nova Lima, MG.
Projeto: 1997
Área terreno: 2.032,00m2
Área: 325,00m2
Lote atípico, de topografia completamente goiana, plana, em região de montanhas: este foi o terreno escolhido pela família para sua morada pós-aposentadoria. Deveria ser feita em etapas e de tal forma que pudesse, um dia e finalmente, ser inaugurada a quadra de squash nos fundos, futuro ponto de encontro da cerveja matutina e da necessária malhação “geriátrica”.
Primeira reunião: um bilhete de recomendação para o marido, com tópicos importantes do programa e do visual, nos fez de imediato partir para uma convocação de toda a família (um casal de filhos).
Nesse novo encontro, cada um expôs seus pontos de vista e querências (o filho, por exemplo, gostaria de morar no sótão, numa torre).
Um primeiro módulo formado por um corpo mais baixo e um volume em dois pisos (mais a torre), inflexionado levemente em relação ao alinhamento, significava uma primeira etapa que seria logo precedida de um anexo para a garagem e oficina/hobby.
Da varanda posterior, uma pérgola fazia as vezes de cobertura da churrasqueira, sombra para a piscina que se estendia logo a frente, com espaço para o lazer e raia de treino. Logo após, o futuro: o estar da cerveja antecedendo a quadra de squash.
Essa é uma forma interessante de abordagem de projetos onde sua construção se pretende em etapas: plugam-se módulos (como o caso da garagem, ligada ao corpo principal por uma passagem coberta, simples, secundária); acrescentam-se os equipamentos na sua sequência lógica de uso e implantação tudo isto de forma planejada; verifica-se, finalmente, que uma casa feita para crescer não precisa, de forma nenhuma, de um módulo básico, rígido, como até hoje vemos sendo feito nas escolas e mesmo fora delas, quando do uso do famigerado espaço sextavado, abelhudo.