Se juntarmos 3 publicações – Estado de Minas, Folha de São Paulo e Revista Veja teremos uma amostra completa da mediocridade, do reacionarismo e impunidade ética, de jornalismo chulo e demais adjetivos afins. Porque esta afirmação se bons entendedores já sabem? Porque não eram assim! Ou melhor, eram assim mas não eram tanto assim e […]
Casas brancas e vidros verdes.
O que levou pessoas a terem casas com tipologia tão semelhante a alguns exemplares da arquitetura modernistas de décadas atrás, com composições abstratas, planos sucessivos, cheios e vazios, transparências, retículas e eventualmente a madeira envelhecida num claro contraste com a tecnologia do vidro e a lisura da alvenaria?
O que trouxe esta tipologia à tona após a clara aversão em tempos próximos aos seus projetos e sua radical substituição por estilos neocoloniais, mediterrâneos, chalés afrancesados e enxamels alemães numa espécie de confronto leigo a tirania da arquitetura dogmática vigente?
Uma casa meio fazenda meio cidade. Extenso programa, interiorizada a volta de um pátio central, espelho d’água e cascata. Muitos quartos e grandes espaços para a família numerosa e amigos.
Em alguns pontos altos pé direitos, outros, transparentes e outros acolhedores. Visadas se cruzam no caminhar das varandas internas, claustro. Ali também se aproveita da sombra e da intimidade. Nas noites, como nas casas árabes, recorta-se o pedaço de céu devido, privatizado.
Alguns pontos se abrem para rua do pequeno condomínio. É hora de cumprimentar os vizinhos e sentir o vento fresco chegar.
Flores para cuidar, um visual que entrasse pelas janelas, qualquer coisa assim que lembrasse a todo momento que existe vida e que ela própria criasse as forças de movimento harmônico e integrador.
A obra, implantada na praça de uma das mais antigas cidades de Minas tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, fica ao lado do casario e de igrejas coloniais.